18/08/2011

Se é brasileiro, não presta!

Hoje vou falar de um dos assuntos que mais me incomoda. A imprestabilidade de tudo o que é brasileiro. Porque não valorizamos nossa cultura? Porque ouvimos mais Hip-Hop que MPB? Porque Gisele Bündchen não é mulata? Ou nossa segunda língua não é hispânica? Há alguma coisa de errado com tudo o que é brasileiro, porque se é brasileiro, não presta!

A própria literatura, por exemplo. Preferimos dar valor a livros internacionais, culpando as editoras de publicá-los em massa, deixando-nos poucas opções nacionais de leitura. Desculpinha esfarrapada essa né? Já pensou se deixássemos de procurar bem um marido porque a maioria dos homens são cafajestes? Pelo amor de Deus né? Por menos que seja a oferta, submetemo-nos a livros internacionais porque não valorizamos o que temos em casa. E aquele velho papo: “adoro ler livros estrangeiros porque me fazem viajar por lugares que nunca fui”. Jura? Vidas Secas de Graciliano Ramos, te levará ao sertão nordestino que aposto, a patricinha de São Paulo nunca viu.

Ainda no campo da literatura, me pergunto porque diminuímos tanto nosso potencia, para comprar coisas que deixaram de ser arte literária para serem produtos comercializáveis. Harry Potter, Crepúsculo... produtos feito para gerar lucro. Oh! Claro, não se vive sem dinheiro (entendo, não tiro meus pés do chão), mas e sem arte? E não sejamos hipócritas de dizer que não acontece, ouçam as músicas de hoje e as de antes da Revolução Industrial. Será, realmente, que nada mudou pra pior?

Será realmente que vale a pena por todo o valor cultural abaixo em prol de entretenimento? Sim porque, a maioria das pessoas que leem livros deste tipo, não leem para mais nada se não, passar o tempo. Vivendo como se a vida fosse uma batalha mediúnica contra o relógio, onde precisamos correr, fazendo com que o maior número de tempo seja passado o mais rápido possível. E depois, no final da vida, o que é que fica? Já li livros que me transformaram como pessoa, e não me refiro a autoajuda não, digo Olhais os Lírios do Campo de Érico Veríssimo. Ok, nem todo livro precisa ser uma obra-prima, mas precisamos mesmo de literatura comercial? Livros escritos em 6 meses.

Porque idolatrar tanto o que vem de fora, se lá fora o Brasil é mais respeitado que aqui dentro? Não há mal em nos deixarmos influenciar por novas culturas, o importante é crescer, evoluir, mas não perder nossas características principais. Dizer que curte rock e só ouvir Iron Maiden, Audioslave, Deep Purple Kiss e o caramba, não é ser roqueiro, é ser bajulador de estrangeiro. Porque não ouve Angra, Pitty, CPM22, Charlie Brown Jr , Capital Inicial, Skank? Ou pelo menos rock latino? O rock argentino é um dos melhores do mundo, mas se quer ouvimos nas rádios.

Até a moda brasileira está em baixa no Brasil, veja os desfiles do Fashion Week.  Enquanto lá fora, se veste cada vez mais abrasileirado, aqui agente quer americanizar. Estes dias li uma frase de Armoni que dizia que no exterior, o Brasil é visto como um país sensual, que exalta a beleza, e é esse valor que o consumidor europeu procura quando compra a etiqueta Made in Brazil. E isto não é só com livros, música e moda... vejam o comportamento, a cultura, os filmes, o padrão de beleza e até o que um povo tem de maior valor: sua língua. Há alguma coisa de errado com tudo o que é brasileiro, porque se é brasileiro, não presta!

Por: Um Lugar Escuro.
CONTATO: umlugarescuro@gmail.com

Blogs que co-relacionaram este link: 
amorporclassico.blogspot.com 
www.cacholaliteraria.blogspot.com

34 comentários:

  1. Oi Zegur. Amei o post de hoje.Eu sou suspeita para falar a respeito da exclusão que algumas pessoas fazem em relação a nossa literatura.Pois,eu tento no meu blog fazer justamente com que as pessoas parem e reflitam para valorizar nossa cultura,nossa literatura. É lamentável,pois são muitos os que,não gostam.E mais,nunca ouviram falar.Todos os dias converso com pessoas no twitter que,dizem possuir alguns livros sobre o que o meu blog indica ou resenha,e diz que tem o possui,mas que está lá,esquecido no fundo da estante.Só sei de uma coisa,eu faço o que eu posso.Amo MPB,Maria Gadú,Tiê,João Gilberto,Charlie Brown Jr,Pitty,Vanessa da Matta,Luís Fernando Veríssimo,Martha Medeiros,João Ubaldo Ribeiro,Graciliano Ramos,Machado de Assis,José de Alencar...Enfim,é muita gente boa junta num só país!
    Visitem um espaço"brasileiro".
    http://www.cacholaliteraria.blogspot.com

    ResponderExcluir
  2. Olá Zegur, então li o seu post e concordo com você entre aspas. Saiba que pois não compartilho da opinião de que tudo que é brasileiro não presta (sei que você também não pensa assim), mas o fato é que a da nossa própria cultura dar valor ao que é de fora. Certamente você tem alguma coisa, que pode ser realmente qualquer coisa, que admira e que não é nacional. Agora te pergunto: você está errado por causa disso? Não está, pois gosto ou preferência é algo que todos temos e ninguém deve apontar o dedo para o outro e criticar se o gosto não é igual ou se deveria ou não ser mais para o que é nacional, entende? Quanto aos livros, claro, há os comerciais e há aqueles que são grandes obras da literatura, seja mundial ou nacional, mas o fato é que não podemos ser hipócritas e achar que livros são publicados somente com a finalidade estética da apreciação da arte ou algo semelhante. Livros são publicados para vender e se não vendem logo não são considerados bons para uma nova edição, pois nenhuma editora gastará dinheiro e tempo na produção de um livro se este lhe der prejuízo. Sendo assim, Crepúsculo, Harry Potter e outros, considerados comerciais por alguns, cumprem bem o papel de entreterem, no entanto, não devem ser classificados como puramente literatura descartável já que existe ali um escritor que, de alguma forma, visa passar alguma mensagem por intermédio das palavras. Em relação as músicas, gosto das brasucas, mas não vou dar uma de nacionalista e ignorar o que vem de fora ainda mais quando sei que o rock, estilo de que tanto gosto, foi "inventado" pelos americanos. Viva a diversidade! Se for assim os "gringos"(americanos, por exemplo) devem deixar de lado o gosto que têm pela bossa nova porque não é um estilo de seu país, lembrando que a nossa bossa tem influência do jazz estadunidense e nem por isso eles o reclamam como seu, pelo contrário, apreciam e reconhecem como sendo algo espetacularmente brasileiro, entende? O fato é que o material nacional sofreu e sofre influências externas e não devemos negar ou achar ruim, pelo contrário, devemos achar bom e incentivar (como é o seu caso), todavia, não devemos desmerecer o que vem de fora ou ver com maus olhos, pois, como coloquei aqui, a diversidade é muito boa e devemos dar um "viva" ao fato dela existir.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. seus exemplos rasos de "literatura" internacional já demonstram o quao voce eh limitada. o mundo nao se limita a harry potter minha filha, abra os olhos!

      Excluir
  3. Acredito que os gênios não tem nacionalidade, eles nascem para o mundo. Não se pode querer que os brasileiros gostem de tudo que é brasileiro porque nem tudo é bom, como a música, que já foi muito boa, maravilhosa e encantadora, e hoje em dia o que tem de novo , que pode se chamar de bom, é raridade.
    Quanto à literatura é evidente a qualidade dos nossos autores, porém o problema é social e cultural. O estilo brasileiro é muito singular. Na dança, na arte, na literatura, na música. É uma coisa terrena e com vida própria, é lindo, vivo e contagiante. O que eu acho que acontece é justamente o que pensa um gringo quando vem ao Brasil, quais são as mulheres que o atraem? As mulatas! Porque?! Porque não tem no país dele. Isso não quer dizer que ele n valorize o que é da sua terra, mas ninguem aguenta comer feijão com arroz todos os dias!

    O brasileiro tende a procurar o que é de fora na busca pelo novo e pelo desconhecido, normal de todo ser humano. Não posso deixar de admitir que é um povo pouco patriota comparado a outros países, como EUA por exemplo. Isso não é culpa do povo, é culpa da industria comercial, da política e de todo esse blablabla, o sentimento patriota sempre foi extremamente incentivado nos EUA por N motivos, o que não aconteceu no Brasil, mas somos um povo muito mais feliz e invejado.

    Enfim, acredito que o povo brasileiro tem o Brasil, apesar de toda a sua parte podre e putrefada, de uma forma terna e carinhosa, além de ser um país lindo de cultura singular, é um país de pessoas livres!
    Tô sendo muito patriota?! :~ haha!

    O que falta mesmo é uma educação de qualidade para o povo desse país ter capacidade de apreciar o que é realmente arte e cultura, caso contrário o sucesso vai permanecer nas mãos do entretenimento e da cultura inútil, tal qual a política do pão e circo.

    ResponderExcluir
  4. Concordo com você> Nós não sabemos valorizar o que é nosso. Só quando fazem sucesso lá fora as pessoas conseguem ser conhecidos aqui,mesmo assim nem sempre. No exterior o Brasil hoje é um sucesso, respeitado por todos. Temos problemas? Muitos. Produzimos porcarias ? Muitas, como em qualquer lugar do mundo. Mas também temos a melhor música do mundo, na minha opinião, a MPB, que é mais vendida no exterior do que aqui, porque no Brasil a induústria da mídia não nos permite ter acesso à cultura de qualidade. Então muitos acham que o que temos a oferecer é funk, pagode de má qualidade, filmes de violência no cinema e baixaria na televisão.

    Mas percebo que aos pouco essa imagem pode mudar, como um movimento de fora pra dentro, ou seja, do Exterior para o Brasil. Quando percebermos o quanto somos cultuados no mercado internacional, e com a facilidade de acesso a informação, talvez possamos perceber o que somos, como nossas deficiências e qualidades.

    ResponderExcluir
  5. Não tenho nada a acrescentar, todos já dizeram tudo ...

    Eu, gosto realmente de muitas coisas de fora, que não
    são feitas ou não tem aqui... mas o Brasil sempre teve seu potencial eu relação a cultural, o que falta é o incentivo, pois pessoas q tentam viver de escrever, desenhar, criar etc., têm sorte se conseguir se dar bem(sim porque eles correm atrás sem tem ajudar).

    Deveriam ser criados mais projetos voltados para a cultural, e não só inventimos em futebol, novelas, politica, polícia, carros e ignorancia.

    ResponderExcluir
  6. Eu adoro a participação no blog, principalmente de opiniões adversas como a de nossa colega Lucy. Como a havia prometido, vou lhe dar a tréplica da réplica:
    Lucy, a questão não é o que admiramos no estrangeiro. É bom reconhecer o que de valioso há fora do nosso país, a questão é sobrepor este valor por cima dos nossos, substituir um pelo outro, esquecer o nacional pelo internacional. Gosto e preconceito se diferem. Quanto a sua argumentação sobre “livros bons” que não vendem. Defina: bom. Alias, se livros são publicados apenas para vender, então estamos no caminho certo, jogando a cultura fora em prol de uma cultura capitalista. Mas esta não é a questão do post, o foco é se vale os lucros tanto a mais que a arte? Daqui a pouco temos softwares que desenvolvem livros lucrativos, porque não são arte, são apenas “produtos”. Outro ponto: será que por trás de um Harry Potter existe mesmo algum autor querendo passar alguma mensagem? Em fim, vamos ao tema: música. O fato do rock ter sido inventado pelos americanos não nos limita a admirar somente eles, aposto que você não conhece rock argentino. E é um dos melhores do mundo. Talvez a admiração não esteja unicamente no que é bom, mas unicamente no que te é exibido. Você se equivoca outra vez quando fala: “Se for assim os "gringos"(americanos, por exemplo) devem deixar de lado o gosto que têm pela bossa nova porque não é um estilo de seu país” Como eu disse, É bom reconhecer o que de valioso há fora do nosso país, a questão é sobrepor este valor por cima dos nossos. Eles admiram, mas não sobrepõem. Entendeu? Não tem nada haver com diversidade, sou a favor da diversidade, contra o esquecimento de nossa cultura. Pense nisso!

    ResponderExcluir
  7. Zilda, faço minha suas palavras, concordo com tudo, inclusive com as bandas e autores que você curte, também curto.
    Asfora, adoro suas opiniões, realmente, não podemos querer que os brasileiros gostem de tudo que é nacional só por ser brasileiro. Seria uma violação dos direitos humanos. Mas querer manter nossa cultura viva é patriótico. Como eu falei a seguir para Gys, existe boas coisas no Brasil, como música e arte, as pessoas é que não procuram saber.
    “o que pensa um gringo quando vem ao Brasil, quais são as mulheres que o atraem? As mulatas! Porque?! Porque não tem no país dele. Isso não quer dizer que ele n valorize o que é da sua terra, mas ninguém aguenta comer feijão com arroz todos os dias!” ótimo, tive que repetir. É natural e bom procurar o novo, o desconhecido, mas será necessário esquecer a própria cultura para conhecer uma nova? É isso ai, educação para o povo.
    Gys eu concordo com você, a MPB é a melhor música do mundo. Quando a mídia brasileira, é mais ou menos por ai mesmo, mas ainda assim, as pessoas aceitam muito facilmente o que a Globo exibe, nem se importam em mudar para a TV Cultura para ver o que passa por lá. Muitas vezes, nós é que não buscamos. Obrigado pela participação.
    Parabéns pelas tuas palavras Alexandre, com certeza projetos voltados a cultural e não só isso, maior facilidade de aprovação. Conheço muitos projetos bons que foram mandados para análise do Ministério da Cultura e não foram aprovados.

    ResponderExcluir
  8. Olá Zegur, então, compreendi o seu ponto de vista, mas não acho que todos sobrepõem a cultura vinda de fora em relação a nossa própria cultura. Acho que você não entendeu minha colocação sobre os livros, como eu havia escrito, há muitos livros que são verdadeiras raridades da literatura e sim, estes livros são publicados e republicados, basta darmos uma conferida nos clássicos, ou seja, não quis dizer que livros bons não são publicados, mas o problema é que você parece achar que livros no estilo Harry Potter e Crepúsculo são inúteis e eu não vejo as coisas sob essa ótica (cara nunca li um Harry Potter, mas só pela biografia da escritora, penso que o livro tem lá seus méritos, pois dentro da história existem questões interessantes que são levantadas). Quanto ao mercado editorial, não adianta negar a evidência; afinal, livros são publicados para venderem, não importando se são realmente joias da literatura. Quanto ao rock, de fato, não conheço o rock argentino, mas gostaria de conhecer, justamente porque aprecio a diversidade. Ah, aproveitando o momento, reparei que tem um comentário aqui que menciona que no Brasil não há incentivo a cultura. Aproveitando a oportunidade, gostaria de me contrapor a esta questão, pois no Brasil a cultura é valorizada sim. Eu, por exemplo, moro numa instância turística que é um verdadeiro polo cultural e sempre quando posso vou à eventos gratuitos em minha cidade e fora dela também, mas o fato é que a cultura as pessoas devem querer adquirir, ou seja, não adianta falar que não existe incentivo se você não vai atrás, salvo aqueles locais em que, infelizmente, a pobreza e a miséria imperam e que o acesso a cultura é praticamente zero.
    Enfim, para não ser muito repetitiva, Zegur, desculpe a sinceridade, mas você generaliza em suas palavras e até me ofende porque sou uma pessoa procuro conhecer minha cultura, assim sendo, do modo como você se posiciona, parece que não dou valor ao meu país, o que não é verdade.

    ResponderExcluir
  9. Realmente Lucy, nem todos sobrepõem a cultura, à toda regra existe sua exceção. Quanto a sua colocação a respeito dos livros, eu consegui compreender, o fato é que bons livros não são só os clássicos. Há boa literatura nacional hoje, mas você sabia que apenas 10% de todo o espaço da Saraiva, por exemplo, é dedicado a livros nacionais? Vá a uma livraria e pergunte ao gerente. Isso é sobrepor sim a cultura, Harry Potter e Crepúsculo não são inúteis (não há livro tão mal que não contenha uma bem), mas ocupam espaço de mais no nosso mercado, massacrando a literatura nacional. Você aprecia a diversidade e não conhece rock argentino? Como pode ser? O conhecimento está no ar, basta você procurar. Quanto ao que você disse a cultura, não foi dito que aqui não se valoriza a cultura, disse-se que é necessário um incentivo maior. Não se trata apenas de ir atrás da cultura, mas de haver mais cultura para se ir atrás. De qualquer forma Lucy, me perdoa se te ofendi, esta não foi a intenção. Mas tente pensar sobre isso ai invés de simplesmente dizer: “eu não sou assim”, porque não se pergunta: “será que eu sou assim?”. Em fim, desculpe de verdade, a ideia não é ofender e sim fazer pensar. Generalizo, claro, se for falar de cada exceção não cabe espaço, mas de uma forma geral a opinião que mostro com exagero aqui não deixa de ser a realidade da massa.

    ResponderExcluir
  10. E aí, Zegur! Vim conferir o seu blog. E já me deparei com a carapuça servindo. O pessoal da minha idade - e eu, inclusive! - somos MUITO assim. O seu post me fez pensar. Eu não quero ser um escritor vítima da cultura estrangeira. Nós temos que nos orgulhar do país que viemos. Obrigado por abrir os meus olhos. Está de parabéns o seu blog!

    ResponderExcluir
  11. O Brasil precisa sim de mais incentivo, a literatura mesmo é um caso. A Bienal do Livro que é um megaevento literário, cobra, por exemplo, dois mil reais por dois metros quadrados de estande. Se sai tão caro para eles um espaço tão pequeno a ponto de ter que repassar um valor tão alto, porque o governo não propõem isenção de imposto se oferecer estande a cinquenta reais?

    ResponderExcluir
  12. "Acredito que os gênios não tem nacionalidade, eles nascem para o mundo." [2]

    Tenho que concordar com a Asfora. E ponto. Retirei o seguinte trecho de um site:
    "Os elementos culturais são artes, ciências, costumes, sistemas, leis, religião, crenças, esportes, mitos, valores morais e éticos, comportamento, preferências, invenções e todas as maneiras de ser (sentir, pensar e agir)." Pelo patriotismo e até mesmo pela defesa de sua crença, várias culturas já entraram em conflito. Esse papo de nacionalismo, p/ mim, só serve para gerar conflito, guerra e alienação.

    Às vezes eu penso: p/ que serve a inteligência, racionalidade, a ESPIRITUALIDADE, se ainda vivemos estimulando a competição, dando valor à diferença em detrimento da felicidade do nosso próximo?

    Onde quero chegar? O mundo se encontra segregado em várias nações como se fossemos diferentes. Entretanto, apenas temos CULTURAS diferentes. O certo seria transformar o mundo em uma única e grande nação, bem organizada e pronta para erradicar a pobreza e a miséria. E a cultura? Cada um que escolha a que achar melhor sempre respeitando a opinião do vizinho :D

    Eu sei que essa ideia de uma única nação é uma utopia. Porém, falar de cultura brasileira ou de qualquer outra é ridículo enquanto todas as culturas do mundo param p/ assistir uma Copa do Mundo no quintal de um continente como a África que vive na miséria e tem como palavra chave "escassez". A ironia fica no fato de jogadores que ganham milhões participarem de um evento bilionário em um continente que pede socorro. E o mundo para e admira aquilo como se fosse lindo. A Copa passou e o que foi feito pela África? Isso para mim são todas as culturas legitimando a hipocrisia.

    ResponderExcluir
  13. Oii,

    Zegur? é esse seu nome? bem eu tava passando por aqui e achei seu blog...
    confesso que achei o conteúdo bastante interessante.. sempre que possivel farei uma visita... ok?! abçs

    ResponderExcluir
  14. Amei seus textos, esse espaço criado por você é fantástico, o post sobre "o Brasil não tem problemas, só problema e problema" é incrivel, parabéns.
    Ficarei grata se você citar meu blog aqui.

    abraços

    ResponderExcluir
  15. Nossa o post esta muito bom e a opinião da galera muito possitiva para o Brasil, precisamos de mais gente assim, esses sao os verdadeiros brasileiros. Em uma de minhas viagens um senhor que vivia na zona rural, supostamente sem nenhum conhecimento, me disse:
    Me enseño mi padre:
    El que no ama su patria,
    No ama sua madre.

    ResponderExcluir
  16. Vou ser bem sincera. Acho que há casos e casos. Um exemplo: ouço Vinícius, Toquinho, Chico, Quarteto, como ouço música um pouco mais antiga americana também. Mas porra, se me colocar pra ouvir Restart, Sertanejo, Pagode, Funk, que é o que eu mais vejo o povo ouvindo por aqui, eu dou um tiro. Prefiro até ouvir um Hip hop ou rap (que não fazem EM NADA o meu estilo) do que ouvir esses lixos brasileiros. Claro que tem que goste. Outra coisa, prefiro ver seriados americanos de QUALQUER TIPO a assistir qualquer novela brasileira. Pouco me importa se fazem sucesso fora ou não. Não suporto aquilo. Também não suporto como tudo o que é humor brasileiro parece que vende sexo. Me dá nojo.
    Agora, tenho uma certa experiência com literatura estrangeira mais do que com literatura brasileira. E vou ser bem franca: poucos livros brasileiros me conquistaram. De cabeça, só consigo me lembrar de 2. Sou brasileira, escrevo e tenho total noção que nada do que eu escrevo chegaria aos pés de uma literatura estrangeira. E noto isso na maior parte dos livros brasileiros que leio também. Não li o seu livro ainda, então não tenho como opinar sobre ele. Obviamente tem muita coisa estrangeira muito ruim e que brasileiro pode ser muito melhor, mas eu sou suspeita pra falar.

    ResponderExcluir
  17. Sua opinião certamente é a mesma de milhares de brasileiros, afinal, somos todos mais americanos que latinos!

    ResponderExcluir
  18. Anônimo11/03/2011

    Ha muito o que dizer sobre este esgoto chamado Brasil, mas serei breve: Como gostar de um país onde o funk, o sertanejo e o "rock colorido" predominam? Como gostar de um país onde as pessoas só querem levar vantagem, são extremamente mal educadas e ainda dizem ter "jeitinho brasileiro" com orgulho? Como gostar de um país em que Geise Arruda vira "celebridade", Carla Perez vira cantora, pessoas sem estudo e completamente burras viram apresentadoras de tv repentinamente? Gostar de um país onde a bunda vem antes de qualquer coisa? Brasileiro é corruptor por natureza. Qual é a nossa cultura? Samba? Mulata? funk? Bunda? Como gostar de um país sem leis? Como gostar de um país sem código penal? Como gostar de um país de ignorantes mal educados? Eu, infelizmente, tenho vergonha de ser brasileiro, nasci no lugar errado! TEMOS SIM ALGUMAS BOAS COISAS NA MÚSICA, NA GEOGRAFIA, NAS ARTES...MAS ESTAS SUCUMBEM DIANTE DE TANTA PORCARIA!
    A culpa de tanta porcaria é de quem? Do povo! Porque? porque existe DEMANDA para tais porcarias. É por isso que sempre digo: O PIOR DO BRASIL É O BRASILEIRO!!!
    O Brasil é um boeiro chamado de país!

    ResponderExcluir
  19. Você está errado? Infelizmente NÃO posso dizer que está...

    ResponderExcluir
  20. Anônimo6/18/2012

    A maioria de voces parece gostar desta porcaria que é a nação brasileira(ignorantes,sujos,sem origem decente, mestiços de todos os jeitos possiveis, assassinos, ladrões, jogadores de futebol, carnavalescos,corrutos e corruptores na generalidade,sem caráter,chopins vira-bosta)Levem isso tudo para suas casas, deixem só o territorio do Brasil,para começar tudo novamente.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Raphael Porto6/18/2012

      Mas cara.. vc pode também fazer a sua parte!
      Primeiro passo é eliminar a Rede Globo de Televisão de sua vinda.
      Em seguida dizer para seus parentes fazerem o mesmo.
      Palavras amigo... o vento leva, mas as atitudes... quem carrega é tempo.

      Excluir
    2. Anônimo6/20/2012

      Tiago

      O ser-humano é tudo farinha do mesmo saco, não importa em que parte do planeta nasceu.
      Você se ilude em achar que brasileiro é bosta e gringo é o bomzoão. Eles também roubariam se lá não houvesse tanta fiscalização, eles também seriam mestiços se não fossem racistas e por ai vai. Então acho que você precisa abrir mais sua mente porque o Brasil é do jeito que é por causa de gente como você. Porque ao invez de só falar merda tu não tenta fazer como o Raphael Porto disse?

      Excluir
    3. Cândida6/25/2012

      E por que vc não faz o grande favor de pegar seu passaporte e cair fora daqui? se o Brasil é tão ruim assim e quem está aqui é tão podre, nos dê a grande honra de vê-lo realizado em outro território que não seja o Brasileiro, porque contar com sua colaboração para melhorá-lo, já vi que é impossível, então vai trabalhar para gringo ver!! e ajudar a terra dos outros prosperar, ok? Se é por falta de bye!! Tchau! Vai com Deus meu filho!, aliás não vai com ele não! Dizem que ele tb é brasileiro!

      Excluir
  21. O tema é profundo, dá muito pano pra manga e é bastante polêmico, de certa perspectiva. Mas, é sobretudo, de relevância extrema.
    A preocupação com o que é nacional é uma herança que vem, nas artes ao menos, desde os modernistas e parece ter se perpetuado com Leonardo Zegur - fato que está muito explícito em sua obra, "Um Lugar Escuro."
    Sobre a delicada questão, permita-me dizer o que penso: devemos procurar uma coexistência cultural. Sim. Logo o Brasil que é um país tão multifacetado culturalmente, não deve estreitar suas portas, mas não escancará-las a ponto de se quebrarem. Como foi fito no artigo, é ouvir Iron Maiden mas também ouvir Angra, ler Machado de Assis e Leonardo Zegur (claro, porque nem só dos "medalhões" vive a literatura) mas também ler Stephen King e J.K. Rowling. Na prática, tentar manter o justo equilíbrio que os antigos gregos tanto procuravam. Pois, se por um lado tentamos valorizar nossa cultura a ponto de se excluir o que não é nosso, vamos estar sendo xenófobos culturais - e é aí que mora o perigo: nos tornarmos nazistas da cultura. Claro, o inverso também deve ser repudiado (que é o que não acontece muito, infelizmente). Não vamos exaltar o que é de fora a ponto de se esquecer o que é de dentro. Equilíbrio, eis a palavra. Afinal, Os Novos Baianos, Angra e Os Mutantes - bandas 100% brazucas - incorporam elementos nacionais da música ao bom e velho rock dos EUA e UK. E por falar nisso, penso às vezes que a questão não está tanto no "fazer brasileiro", mas sim no "ser brasileiro." Porque, vejam bem: Sepultura e Angra tocam e cantam em inglês, mas já vi depoimentos dos membros dos grupos onde diziam que a valorização era maior, bem maior, do público estrangeiro. Aposto que o mesmo aconteceria com um cara brasuca que escrevesse uma obra primeiro em língua nativa, como o nome nativo e depois usasse um nome falos norte-americano. No 1º caso, penso eu que ele chamaria menos atenção que no segundo. É um pouco dos resquícios da era colonial, a síndrome do colonizado. E isso já está tão embutido no inconsciente coletivo que geramos uma espécie de cegueira, ou limitação.
    Para finalizar, há casos onde também o que pode ocorrer não é exatamente um preconceito nacional. Por exemplo: quando Zegur diz no post que muitos leitores preferem livros de fora, por transportarem o leitor a outros lugares, vejo que muita gente o faz com relação aos livros de fantasia (ficção fantástica). Essas obras, até falo por mim, são bem quistas do público por nos levarem a outros universos, outros mundos, com outras vegetações, rios e montanhas, seres fantásticos. Já é algo do ser humano essa tendência ao escapismo da realidade, algo essencial. Além disso, quem nunca quis "viajar" e conhecer outras civilizações, outros povos, geografias e culturas diferentes da nossa? Vejo que esses livros proporcionam muito isso. Mas, por outro lado, também temos autores nacionais que trabalham muito e muito bem esse gênero. A questão parte do público e da divulgação que soterram os escribas tupiniquins.
    Então é isso. Resumiria, a grosso modo, a questão em não subjugar uma vertente cultural em detrimento da outra. Pois cada uma, a seu modo, tem seus altos e baixos e tem igualmente muito a contribuir conosco. Mudar nossa mentalidade, é a questão.
    "Somos independentes, mas colonizaram nossas mentes."
    Elton SDL

    ResponderExcluir
  22. Ultranacionalismo é muito perigoso. O Brasil é um povo multirracial, uma antítese da teoria nazista. Ouvir dizer, que nos seus escritos, o extremista de direita norueguês Anders Behring Breivik que matou 77 pessoas. Escreveu que a influencia do Brasil no mundo é perigosa. Sabem porque? A miscigenação que criou esse povo maravilhoso; aberto a todas as culturas, que hoje tem uma influência crescente no mundo. É a prova que não é a pureza da raça, que forma uma grande nação. Dizer, que gostamos do que é estrangeiro mais do que o nacional é muito limitado e limitante. Claro! Que Gostamos do que é estrangeiro. Somos de todas as raças, bem aventurado é o nosso povo! Gostar do que é de fora é muito saudável. Isso não significa que não gostamos do que é nosso. Outra coisa! A cultura é universal ela não tem nacionalidade. Dizer que o brasileiro tem que gostar preferencialmente do que é brasileiro é reduzir a busca ao conhecimento. Obs: Leonardo, seu livro num futuro breve, pode ser um grande Best Seller internacional. Exemplo; o mais lido na Itália. É qualidade do seu livro que faz com que seja o mais lido na Itália ou a incapacidade do povo italiano valorizar seus escritores?

    ResponderExcluir
  23. Gostar do estrangeiro (neste tema) tem uma conotação ruim, tanto que no texto completo eu cito que gostar e agregar valores de outras culturas é bom, o que não é interessante é sobrepô-la a nossa própria. E na verdade, não deixamos de gostar do que é nossa para gostar do estrangeiro, deixamos de gostar do que é nosso por uma questão cultural. Desde a época do Brasil colônia, já se vem cultivando uma imagem pejorativa de tudo o que concerne ao Brasil. Por mais que a cultura seja universal, não significa que devemos deixar nossa própria. Certamente, meu livro sendo um best-seller na Itália não furtará espaço as livros italianos. Mas o que me parece é que no Brasil a cultura de fora apaga a nossa própria. Pense em um livro internacional? Narnia, Harry Potter, O Código da Vinci logo vem a cabeça. Agora pense em um autor brasileiro contemporâneo que não seja Paulo Coelho? Entendeu? É saudável gostar do que é de fora, isso acrescenta ao país, minha crítica não é quanto a gostar, mas substituir.

    ResponderExcluir
  24. “Ao contrário do que muitos podem pensar, nem só de Paulo Coelho vive a literatura brasileira no exterior. Ainda que, de fato, o escritor tenha entrado para o Livro dos Recordes, o Guinness Book, com sua obra O Alquimista – o livro mais traduzido do mundo (69 idiomas) – outros autores também conquistaram os leitores estrangeiros e vêm alcançando reconhecimento também em outros países.” Os 12 autores brasileiros mais lidos no exterior: Machado de Assis, Clarice Lispectro, Guimarães Rosa, Jorge Amado, Graciliano ramos, Milton Hatoum, Chico Buarque, Carlos Drumond, Rubens Fonseca, Oswaldo de Andrade, Moacir Scliar. Além dos 12 listados, o mapeamento ainda conta com nomes como Gilberto Freyre, Roberto Schwarz, João Ubaldo Ribeiro, Lygia Fagundes Telles, Raduan Nassar, Ferreira Gullar e outros. Fonte.( wwwestantevirtualcom.br). Leonardo, com todo respeito a seus argumentos. Os brasileiros não substituem sua cultura por outra nós assimilamos e damos o nosso toque de brasilidade e a transformamos em coisa nossa. Vou dar um exemplo da década de 60. “Há 44 anos, em 17 de julho de 1967, com o intuito de "defender o que é nosso", foi organizada em São Paulo a famosa "Passeata da Música Popular Brasileira", que entrou para a história como a "Passeata contra a Guitarra Elétrica", uma passeata contra a invasão da música estrangeira. Uma das líderes desse movimento era Elis Regina. Gilberto Gil, meio desconfiado, também compareceu à marcha em defesa da MPB. Geraldo Vandré, Edu Lobo, Jair Rodrigues e muitos outros artistas que representavam a música brasileira à época (e até hoje) entoaram gritos contra a guitarra e a música norte-americana. Chico Buarque não participou. Caetano Veloso, amigo de Gil, conta no documentário "Uma noite em 67" que ele também não foi à passeata, mas assistiu a tudo do Hotel Danúbio ao lado de Nara Leão.– Acho isso muito esquisito, ele teria dito. Nara devolveu:– Esquisito, Caetano? Isso aí é um horror! Parece manifestação do Partido Integralista. É fascismo mesmo.” Leonardo, eu nem vou perguntar! Se fosse possível voltar no tempo, você participaria ou não dessa passeata? Rsrs!
    Obs:
    “A tal passeata contra a guitarra elétrica se revela hoje um movimento infantil, bobalhão, como sugerem Caetano e o próprio Gil no documentário. Até mesmo "idiota", como diz o jornalista Sérgio Cabral, jurado no Festival da Record de 1967. Resgatar essa história, no entanto, revela muita coisa sobre a música brasileira.”

    ResponderExcluir
  25. Gostaria de enxergar as coisas como você meu caro Cesar... Mas contra seu exemplo, eu tenho o das vitrines e fachadas em desconto, que ao invés de dizer “desconto” diz “off”. Isso não é abrasileirar a cultura alheia, isso é substituir a nossa própria.

    ResponderExcluir
  26. belchior bastos3/26/2013

    nossa cultura e fraca as musicas sao ruins mas o problema ta no povo que cada vez mais perde a etica o respeito e deixa os tracos da familia de lado ta virando um pais de gls ah e as novelas da globo e os programas de tv que sao uma vergonha

    ResponderExcluir
  27. Anônimo2/17/2014

    Lixo de blog, lixo de texto, lixo de pias, lixo de cultura, lixo de gente, lixo total.

    O brasil e mundialmente reconhecido com o pais das prostitutas e dos otarios espertalhoes, povo imundo, cultura zero. Quem esta interessado em nordestino de vida seca, afinal eles pagam pra se foder mesmo nao e'? Votam em lixo, comem lixo e teem lixo como retorno. Se esta nao brasil nao presta!

    ResponderExcluir
  28. isso aí é recalque... o brasil sim tem coisas interessantes, temos sim bons escritores, nao estou falando de loroteiros como chico xavier ou de paulo coelho, estou falando de caras do naipe de Machado de Assis, Lima Barreto, Olavo Bilac e muitos outros grandes nomes.
    Quando o assunto é música ai voce se perde, há muitas musicas realmente boas lá fora, tanto em ritmo quanto em letra. Sabemos que sim há lixos mas o nível de musica que se faz no circuitou EUA -> Europa é imbatível e isso influi no mundo todo. Voce nao vai encontrar no brasil nada que seja tao bom quanto o Jazz americano, blues, rock ingles e até mesmo os japoneses estao fazendo musica de qualidade.
    Nao vamos ser babacas, o Brasil sim produz coisas interessantes mas nao da pra se resumir só no mesmo país, isso seria se privar de muita coisa que o mundo produz.
    E o mundo é maior que o Brasil algumas centenas de vezes. O brasil tambem nao é respeitado la fora isso é conversa de quem gosta de assistir Faustao.

    ResponderExcluir
  29. Anônimo8/03/2016

    Gostei do seu texto cara, principalmente no tocante ao espanhol ser nossa segunda língua! (YO no hablo espanol, pero asi mismo creo ser una lingua muy bella).No quesito ouvir Rock estrangeiro é que discordo, afinal se quiser ouvir só Rock americano ou inglês, o que há demais? O Rock não se desenvolveu lá, e por isso não é o principal do mundo? Eu vou ver se ouço Rock Argentino, pois nunca tive contato, e gostei da sugestão! Quanto as bandas brasileiras (Eu amo Rock nacional tanto quanto estrangeiro) indicaria: Secos & Molhados, Os Mutantes, Rosa de Saron, Nx Zero.Temos muitas bandas boas mesmo, é só procurar! Tirando essas objecoes,Parabens pelo texto, e desejo sucesso como escritor, eu também sou poeta! Saudacoes desde Minas Gerais!

    ResponderExcluir