Quando falamos em
submissão, o que vem a tona, talvez por causa dessa onda de
feminismo atual, é esse conceito de submissão cruel onde a mulher
perde seus direitos, oprimida por uma sociedade machista. Vista como
objeto sexual, como sexo frágil de potencialidade limitada. A
submissão de que falo, entretanto, não se encaixa neste contexto. A
submissão que me desperta o prazer não é aquela subjugada onde o
opressor elimina completamente o desejo pessoal do oprimido. Mas a
submissão expontânea, por amor, por prazer.
O atraente não é a
fragilidade e a obediência do submisso em si, mas o potencial de não
o ser. Mandar, ser autoritário, qualquer um pode ser, mas se
submeter a servir é uma qualidade especial. Se submeter a servir por
vontade própria é algo ainda mais especial, eu diria até mesmo
afrodisíaco. Assim como o meu prazer está no prazer da minha
amada, igual prazer eu tenho quando sinto que é também o prazer
dela, o meu.
Abdicar do próprio
prazer, pelo prazer alheio é sexy, é afrodisíaco. Uma mulher que
faz isso através da submissão me leva as nuvens. Não há mérito
algum em realizar os próprios desejos, isso é fácil, qualquer um
pode fazer. A beleza está em realizar o irrealizável, em amar o
desprezível. A submissão expontânea só é possível para aqueles
que se libertaram de um espirito egocêntrico de visão minimalista.
Ter o poder de mandar, mas obedecer não é para qualquer um. Se é
dado poder a alguém, então essa pessoa comumente se transformará
em um demônio. Não é atoa que uma das maiores qualidades
apreciadas por todos em Jesus Cristo era sua submissão
incondicional. Apesar de ser o Filho de Deus, ele se abaixava diante
dos pecadores e lavava seus pés.
A superioridade da
submissão não é enxergada, ao contrário, descriminada. Para mim,
uma mulher submissa é o que há de mais sexy e atraente. Ela me dará
a difícil tarefa de satisfaze-la através da minha própria
satisfação.
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